16 anos de fé e devoção – 2003/2019


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

COMUNIDADE DO CORAÇÃO DE JESUS PARTICIPA DA MEMÓRIA DA MORTE DE PADRE ALFREDINHO E DOM FRAGOSO

Os animadores da comunidade do Coração de Jesus, participaram do encontro da memória das mortes do Padre Alfredinho e Dom Fragoso, no último dia, 12,08, na localidade de Barra do Vento na Serra de São Domingos. O encontro foi organizado pela Paróquia Nossa Senhora do Rosário, que contou com mais de 50 pessoas em momento de oração e memória dos grandes baluartes da fé, do serviço e da caridade da nossa diocese. Alfredinho, 15 anos, celebrando as alegrias da eternidade e Dom Fragoso 09 anos. A capela dos direitos é um marco de fé e devoção, espaço onde Alfredinho morou e por várias vezes celebrou com os mais simples e mais humildes. Conheça agora um pouco da história de uma homem santo.

 PADRE ALFREDINHO SINAL DA CARIDADE DE DEUS 

  Em 1.968 chegou  do Canadá o padre  Alfredinho, religioso Filho da Caridade e trazia em sua bagagem a vontade de viver no meio dos mais pobres. Ele pensava em residir na favela dos alagados em Salvador (Bahia), mas o arcebispo não concordou, e mudando de ares, ele foi aprender a língua portuguesa em Crateús onde dom Fragoso, bispo diocesano, o acolheu. Passado alguns meses,  a amizade com Dom Fragoso se intensificou, a ponto do padre Alfredinho resolver ficar em Crateús.

            Fredy Kunz (padre Alfredinho) realizou um trabalho apostólico muito profundo nos bairros mais pobres, no meio da prostituição, nas frentes de trabalho, e enfrentou as críticas dos militares naquela época de repressão. O religioso conseguiu que o povo de Crateús fosse acolher com carinho os grupos de camponeses que, deixando as suas terras por causa da seca, vinham à cidade com a intenção de saquear os supermercados: estas pessoas necessitadas foram acolhidas nas casas do povoado como verdadeiros irmãos. As famílias abriam as suas portas aos famintos e surgia o PAF (Porta Aberta aos Famintos). Padre Alfredinho criou na Barra do Vento um centro de retiros, foi chamado para animar retiros de sacerdotes e religiosas, tinha um jeito de viver tão simples e evangélico que se tornou uma figura muito conhecida no Brasil. Fundou a Irmandade do Servo Sofredor (ISSO) que se espalhou em muitos estados do Brasil e muitos países do mundo. Em 1.989 veio para Santo André, viveu no meio dos pobres embaixo de viadutos e na favela Lamartine, situada na região da paróquia São Geraldo.  Nesta favela, ele animou a comunidade Nossa Senhora Aparecida, no coração da favela. Como todo ser humano, a idade comprometia a sua saúde, mesmo alimentando-se bem (arroz, feijão, sopa, legumes, chá, café, suco natural). A sua saúde estava muito precária e, após uma longa doença, faleceu em Santo André no dia 11 de agosto de 2.000. Padre Alfredinho escreveu vários livros, entre eles o mais conhecido: “A burrinha de Balaão” e a vida dele foi biografada por Michel Bavarel, e dentre muitos testemunhos de vida não podemos esquecer a sua resistência contra grupos capitalistas que se enriquecem, vendendo produtos nocivos à saúde de nossa população (por exemplo, padre Alfredinho não tomava qualquer refrigerante fabricado pela multinacional Coca Cola).

            Padre Alfredinho e todos que estiveram e atuam na Irmandade do Servo sofredor escreveram e escrevem uma bonita história, marcada pela espiritualidade do Servo Sofredor (Is. 42ss), o grupo dos sete, os encontros e retiros, e como diz a dona Ricarda “Eu quero ser o que sou, nada mais daquilo que sou”.  Nós continuamos seguindo com nosso carisma, mas que fique registrado: “Os exemplos de santidade acontecem em nossas periferias”.
 
FONTE: BLOG SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL FILHOS DA CARIDADE 
 











 
              

FOTOS: Jordana Alves- Catequista

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